Muitos juram
que ainda hoje é possível ouvir os gritos. O velho casarão já teve vários donos
ao longo dos últimos 100 anos. Nenhum deles conseguiu sequer terminar as
reformas começadas. Os que tentaram se mudar para lá, ficaram poucos dias.
Aqueles que permaneceram na casa por mais de 15 dias, insistindo que eram
apenas fenômenos naturais, morreram solitários, internados no Hospital Psiquiátrico
Caibar Schutel.
Ninguém sabe a
história verdadeira daquele casarão. Muitas são as versões. O que eu descobri,
após pesquisar documentos antigos de propriedade, jornais da época e algumas
gravações de áudio e vídeo feitas no local é que um assassinato macabro ocorreu
no local.
Pude sentir a
energia que emanava da casa há cerca de uma quadra de distância. O medidor de
campos eletromagnéticos oscilava cada vez mais a cada passo que eu dava em direção
ao local. Não ouvi os gritos que muitos juram ouvir. O silêncio era absoluto.
Nem grilos, nem morcegos. Nem mesmo o vento fazia-se ouvir naquela quadra.
Todos os ruídos distantes da cidade sumiram quando pisei na calçada defronte ao
portão enferrujado do velho casarão.
Meu assistente
e sua namorada, que também foi para nos ajudar a implantar os equipamentos de
áudio e vídeo, hesitaram do outro lado da rua. Mas tomaram coragem e me
seguiram quando cruzei os limites do terreno, empurrando o portão. Tive que
fazer um esforço tremendo para abri-lo, mas apesar disso o portão cedeu sem
fazer ruído.
O que
aconteceu nos cinco dias que passamos lá dentro, conto para vocês na semana que
vem!
(Galera, desculpem a sacanagem! Mas vai começar o jogo do tricolor do
meu coração na Libertadores! Vou retomar esse texto na próxima quarta-feira. Do
mesmo jeito que o texto que deve gerar meu primeiro romance – publicado há duas
semanas – a história desse casarão estou “baseando” em outra lenda local aqui
da minha cidade. E não são as duas únicas histórias “sobrenaturais” que temos
em Araraquara. Acho que dá samba compilar e romancear algumas delas. Agora “bora”
pro jogo! Vamos São Paulo!)
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