De tanto andar cabisbaixo, não reparou no melhor amigo da
infância que não via há mais de 15 anos, quando passou por ele na rua.
Deixou também de ver o anúncio do trabalho dos sonhos ao
passar em frente à agência de empregos.
Não viu a manchete do jornal que iria mudar o mundo para
sempre e tampouco o bilhete que o premiaria com milhões na loteria.
De tanto andar cabisbaixo, não encontrou o amor de sua vida
na fila do banco. Apenas o perfume doce ficou marcado em sua lembrança.
Morreu atropelado por um ônibus ao atravessar a rua.
O motorista dirigia cabisbaixo, respondendo a uma mensagem em
um aplicativo de celular.
(Semana que vem o título do texto é: O Diabo é mesmo um grande filho da puta!)
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