segunda-feira, 7 de dezembro de 2015


É segunda-feira, manhã chuvosa. Aquela segunda com cara mesmo de segunda. Sabe como é, não? O barulho da chuva na janela; não dá a mínima vontade de levantar. Mas levantamos mesmo assim, pois o prêmio acumulado da Mega saiu para algum amigo cítrico de algum figurão. Ou não! Depende do que você acredita.
Eu não ando acreditando muito em muita coisa ultimamente. Andava descrente! Minha crença é a mesma de muita gente hoje em dia: vem meteoro! Mas selecione bem quem vai extinguir. Não me extermine, por favor! Pegue só aqueles que usam arreio de burro, que só olham pra frente, sem se importar pro que ocorre bem ao lado. Ou não! Acho que ninguém merece isso. Nem mesmo eles.
Outro dia, pela rua, vi um casal de sem tetos com uma menininha de uns três ou quatro anos. Estavam fugindo do sol, embaixo de uma marquise de um banco. Contrastes da vida! Não parei. A vida corrida faz com que a gente use o arreio de burro algumas vezes sem ao menos perceber. Mas depois fiquei pensando, principalmente na criança que, alheia à situação de seus pais que estão na rua, sorria!
Qual o valor desse sorriso? Qual preço os pais pagam por ele?
Talvez aquele pai ou aquela mãe abdiquem de comer ou matar sua própria a sede para dar o pouco que conseguem para a pequena. Pensar que tantos passam por eles sem ao menos notá-los! Quando notam, julgam sem conhecer. Sentem nojo ou medo. Isso me entristeceu: os notei, não senti medo ou nojo, e apenas passei por eles apressado. Os três ali parados, talvez sem ter comido um pãozinho francês ou tomado um copo de leite. Queria ter perguntado se precisavam de alguma coisa! Talvez apenas um bom dia e um sorriso já fossem suficientes. Para que eles se sentissem gente! Ou talvez eu apenas esteja julgando sem saber. Quem saberá?
Não vem não Meteoro!

Dê mais uma chance pra gente!

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